di(e)vagar é preciso...
jeudi, janvier 25, 2007
vendredi, janvier 19, 2007
Matutinas da sexta-feira gorda...
O dinheiro é sempre incerto. Nunca sabemos o que comprar, o que financiar, controlar, debitar, enfim, onde pisar na louca mecânica dos valores de capitais; nosso "couro de rato" (como diz meu pai) é contado, pouco e suado. E isso sem contar com o fator emprego, sempre dependente dos humores de chefes biltres e da gangorra do mercado, que esconde a incapacidade de gerar produção em desvios semânticos e lexicais, em palavras como "recapacitação" e "reengenharia". Ao sujeito falta, então, apoio... Sempre na corda bamba.
Os amores em nossa época também não têm lá muita estabilidade; os olhares se perdem na folia sangrenta do dia cinza e citadino. Os beijos já não são confidentes, mera troca entre corpos, objetiva. Amor com data para débito. Quanto aos temores, ora, estes nunca tiveram hora marcada. Vide PCCs e similares.
Isso posto, creio que não exista melhor metáfora para essa nossa vida falha e ausente do que o recente buraco aberto em Pinheiros. É quase metafísico. Falta-nos o chão, amigos. Falta-nos o chão.
***
Seria o caso de algum lingüista estudar a profusão de "res" e "neos" em nossa era, um assunto para outro post.
***
Um lema: viver devagar, morrer lentamente.
***
É quase uma baianice.
***
Numa noite tropical, quente e escura, uma alma cuja sabedoria igualava a sutileza veio até mim e disse:
– Você pensa que ser feliz é só beber cachaça?
Mesclada à culpa, explodiu em meu cérebro, tilintando para todo lado, a incontrolável vontade de dizer: Sim!
***
Ando escutando muito samba de Candeia, muito samba de Clementina de Jesus...
***
Eu queria um verbo inteiro, rijo. Um verbo de esfregar com as mãos.
Os amores em nossa época também não têm lá muita estabilidade; os olhares se perdem na folia sangrenta do dia cinza e citadino. Os beijos já não são confidentes, mera troca entre corpos, objetiva. Amor com data para débito. Quanto aos temores, ora, estes nunca tiveram hora marcada. Vide PCCs e similares.
Isso posto, creio que não exista melhor metáfora para essa nossa vida falha e ausente do que o recente buraco aberto em Pinheiros. É quase metafísico. Falta-nos o chão, amigos. Falta-nos o chão.
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Seria o caso de algum lingüista estudar a profusão de "res" e "neos" em nossa era, um assunto para outro post.
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Um lema: viver devagar, morrer lentamente.
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É quase uma baianice.
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Numa noite tropical, quente e escura, uma alma cuja sabedoria igualava a sutileza veio até mim e disse:
– Você pensa que ser feliz é só beber cachaça?
Mesclada à culpa, explodiu em meu cérebro, tilintando para todo lado, a incontrolável vontade de dizer: Sim!
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Ando escutando muito samba de Candeia, muito samba de Clementina de Jesus...
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Eu queria um verbo inteiro, rijo. Um verbo de esfregar com as mãos.
lundi, janvier 08, 2007
solidão
...no ramalhar de flores frias, insólitas,
outonais,
folhas secas sambam, elíseas, ínvios madrigais.
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.
outonais,
folhas secas sambam, elíseas, ínvios madrigais.
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