Este seja o poema
Teu pai e mãe fodem contigo.
Que não o queiram, tanto faz.
Legam-te cada podre antigo,
além de uns novos, especiais.
Mas de cartola e fraque outrora
os sacaneou do mesmo modo,
gente ora austero piegas, ora
se engalfinhando cega de ódio.
Passa-se a dor adiante: fossas
num mar que só fica mais fundo.
Dá o fora, pois, tão logo possas
sem pôr nenhum filho no mundo.
PS: poema de Philip Larkin, publicado na Folha desta segunda, na coluna de Nelson Ascher.
Que não o queiram, tanto faz.
Legam-te cada podre antigo,
além de uns novos, especiais.
Mas de cartola e fraque outrora
os sacaneou do mesmo modo,
gente ora austero piegas, ora
se engalfinhando cega de ódio.
Passa-se a dor adiante: fossas
num mar que só fica mais fundo.
Dá o fora, pois, tão logo possas
sem pôr nenhum filho no mundo.
PS: poema de Philip Larkin, publicado na Folha desta segunda, na coluna de Nelson Ascher.
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