samedi, septembre 30, 2006

quero sentar sozinho e cinza, à noite e vinho. escuro, escrita, escuro,
acento tinto.
tão pouco me pegue assim pairar, enfim partir, calar-cair
o pouco que me sinto,
no branco de voar, espero gozar fadiga de fruir-me, cinza, o vinho.

quero sentar e cinza, à noite e só. murmúrio escuro da escrita,
acento em dó.
tão parco me paro assim perder, enfim parir, amar-partir
o parco ver-me em nó.
no branco de voar, espero passar gozo de pulsar-me, enfim, o pó.



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jeudi, septembre 14, 2006

Uma queda em dois atos

o corpo morto cabe na pedra
e marca
o cancro do não
no cálcio da terra.

***

o corpo morto cabe na pedra
porém vive
estrela e virgem
o devaneio da queda.



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