para alguém a quem preciso dizer adeus
riso difícil que risco resvala cinza:
de passo a pássaro, o cisma, há pouco baile,
passa a vida,
passa o tempo
e vira mármore.
pesa o prumo do peito (memória)
e vem tão reta a perda –
delírio de olhar e taça quebrada
raro em raro
tão firme e sangue
e sempre jóia rara.
o pensamento, enfim, é pacto de trópico
e aponta a mão calma
e clara,
cheia de dor calada,
mão que acena, incerta,
que quer prender,
segurar,
mas por dever liberta.
de passo a pássaro, o cisma, há pouco baile,
passa a vida,
passa o tempo
e vira mármore.
pesa o prumo do peito (memória)
e vem tão reta a perda –
delírio de olhar e taça quebrada
raro em raro
tão firme e sangue
e sempre jóia rara.
o pensamento, enfim, é pacto de trópico
e aponta a mão calma
e clara,
cheia de dor calada,
mão que acena, incerta,
que quer prender,
segurar,
mas por dever liberta.
4 Comments:
nenhum trabalho seu teve tanta sincronia com o que vivo e vivi. nada mais justo que receba o meu primeiro comentário no blog de meu tão caro amigo.
muito foda, poeta. muito foda.
e se vai, ao menos da perda surgiu Arte.
"mão que acena, incerta,
que quer prender,
segurar,
mas por dever liberta"
Tantas vezes verdade e dito de forma tão bonita!
"passa a vida,
passa o tempo
e vira mármore.
pesa o prumo do peito (memória)"
Esse trecho foi o que mais me tocou ... li, reli ... voltei neles por alguns instantes!!!
Muito bom Jeff ... muito mesmo!!
Beijos
é lindo! e me fez chorar...
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