dimanche, janvier 30, 2005

eu quero uma mulher que se chame água
e crie e karma
calada,
o desvio de passo e passo,
o olhar sem laço,
o aço incauto da palavra.

eu quero uma mulher que se chame água
e cante o karma
calada
do barulho da chuva
do barulho do rio
do barulho da água.

eu quero uma mulher que se chame água
e cave o canto
de puro karma
de cada passo da vida
do suor de toda a lida
de toda voz calada.

eu quero uma mulher que se chame água
e cave o karma
em todo canto
que haja canto:
chuva, rio e pedra,
o canto sobe, o canto cai,
por terra.

2 Comments:

Blogger Sérgio said...

Tem um que das cantigas trovadorescas, pelo motivo que volta, que se repete. Muito criativo.

1:25 PM  
Anonymous Anonyme said...

amei! valeu por ter ouvido os meus pedidos, vc se saiu muitíssimo bem. mas vc tah postando um texto atrás do outro, assim eu quase me perco. hehehehe.
parabéns!

bjos

4:44 PM  

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